Durante o mês de julho, foram oito as capitais de distrito em que viram os preços das casas à venda subir mais.
A procura de casas para comprar está a arrefecer em Portugal. As vendas de habitações estão a descer e, agora, as famílias optam por comprar casas mais baratas e pedir menos capital emprestado aos bancos, dada a subida dos juros no crédito habitação. Todo este cenário tem influenciado a evolução dos preços das casas, que se mantiveram praticamente estáveis em julho face ao mês anterior, aponta o índice de preços do idealista.
Este não é, contudo, um cenário visível em quase todo o território português, já que as casas ficaram mais caras em oito capitais de distrito, entre junho e julho, com Viana do Castelo a liderar as subidas (5,3%). Já em Lisboa e Faro, os preços das casas mantiveram-se estáveis neste período.
Analisando por distritos e ilhas, as maiores subidas de preços das casas à venda tiveram lugar em Portalegre (5,9%) e ilha do Faial (3,8%). Seguem-se Viana do Castelo (3,6%), ilha de Porto Santo (2,3%), Guarda (2,1%), ilha da Madeira (1,8%), Setúbal (1,4%), Santarém (1,1%), Aveiro (1%), ilha Terceira (0,8%) e Leiria (0,6%).
De notar ainda que os preços das casas para comprar mantiveram-se estáveis durante o mês de julho no distrito de Beja (0,4%), Vila Real (0,4%) Faro (0,1%), ilha do Pico (-0,3%) e Évora (-0,4%).
Por outro lado, os preços das casas à venda mantiveram-se estáveis em Leiria (0,2%), Setúbal (0,1%), Braga (0%), Lisboa (0%), Faro (-0,2%) e Évora (-0,4%). Observou-se ainda que as habitações para comprar ficaram mais baratas em seis cidades portuguesas: Ponta Delgada (-2.5%), Coimbra (-1,9%), Castelo Branco (-1,8%), Guarda (-1,5%), Beja (-0,9%) e Viseu (-0,9%).
Apesar dos preços terem estabilizado, Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.349 euros/m2. Porto (3.441 euros/m2) e Funchal (2.979 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Com preços das casas à venda superiores a 2.000 euros/m2 seguem-se Faro (2.916 euros/m2), Aveiro (2.535 euros/m2), Setúbal (2.309 euros/m2) e Évora (2.203 euros/m2). E a lista segue com Viana do Castelo (1.949 euros/m2), Coimbra (1.808 euros/m2), Braga (1.702 euros/m2), Ponta Delgada (1.675 euros/m2), Vila Real (1.362 euros/m2), Viseu (1.322 euros/m2) e Leiria (1.311 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para comprar casa em Portugal são Guarda (720 euros/m2), Portalegre (728 euros/m2), Castelo Branco (811 euros/m2), Bragança (894 euros/m2), Beja (926 euros/m2), Santarém (1.129 euros/m2) e Leiria (1.311 euros/m2).
Por outro lado, os preços das habitações desceram na ilha de São Jorge (-5,6%), Bragança (-3,2%), Coimbra (-2%), Braga (-1,3%), Castelo Branco (-1,2%), Porto (-0,8%), ilha de São Miguel (-0,7%), Lisboa (-0,6%) e Viseu (-0,5%). Isto quer dizer que os preços das casas à venda estabilizaram ou desceram em 14 dos 25 distritos e ilhas portuguesas analisados.
O ranking dos distritos mais caros para comprar casa é liderado por Lisboa (3.859 euros/m2), seguido por Faro (3.177 euros/m2), ilha da Madeira (2.616 euros/m2), Porto (2.483 euros/m2), Setúbal (2.433 euros/m2), ilha de Porto Santo (1.971 euros/m2), Aveiro (1.690 euros/m2), Leiria (1.523 euros/m2), Viana do Castelo (1.517 euros/m2), Braga (1.509 euros/m2), ilha de São Miguel (1.499 euros/m2), Évora (1.437 euros/m2), Coimbra (1.405 euros/m2), ilha do Faial (1.309 euros/m2), ilha do Pico (1.293 euros/m2), ilha Terceira (1.118 euros/m2), Santarém (1.080 euros/m2) e ilha de São Jorge (1.056 euros/m2).
Já os preços mais económicos das casas encontram-se na Guarda (668 euros/m2), Portalegre (703 euros/m2), Castelo Branco (847 euros/m2), Bragança (848 euros/m2), Vila Real (979 euros/m2), Viseu (993 euros/m2) e Beja (1.048 euros/m2).